Muito difícil tornar
a letra o em letra a.
Re- escrevê-la, lá...
Mudar, trocar, recriar
o que errado escrito está.
Perseguir aquele sonho destruido,
Recuperar o partido.
Meu coração fendido.
A escrita é uma experiência individual maravilhosa que pode ser compartilhada e coletivizada. Este blog foi criado para as alunas e alunos da Turma A/2011 de Morfologia do Português da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás. Aqui, queremos nos expressar livremente, sem preocupações nem objeções.
sábado, 10 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
reinações de narizinha (o retorna da presidenta - parte IX)
Trago a vocês, o renovar da discussão sobre "PRESIDENTE x PRESIDENTA", que tanto tem polemizado nossas aulas! Este texto eu encontrei na Revista Língua, Nº 72.
"A novela Fina Estampa, da rede Globo, materializou na ficção a maneira desconfortável com que o brasileiro parece lidar com a representação linguística da mulher contemporânea. A portuguesa Griselda Pereira (interpretada por Lília Cabral) é uma trabalhadora séria. Encanadora e eletricista, é uma batalhadora chefe de família, faz-tudo engajada em profissões que a trama de Aguinaldo Silva se empenha em tomar por masculinas. A caracterização da personagem segue à risca a masculinização das atividades que abraçou: despida de vaidade, Griselda tem apelido de homem (Pereirão), veste-se de forma desleixada, fala grosso. Age estereotipadamente segundo esse modelo "Pereirão": as palavras que definem seu gênero serão também elas masculinizadas."
"A representação caricatural da telenovela das nove - a atividade masculina masculiniza - segue a mesma hesitação dos dicionários brasileiros em incorporar os gêneros femininos a palavras que, por um tempo já remoto, foram relacionadas a atividades masculinas. Somente neste século 21, os elaboradores de dicionários de língua portuguesa tomaram ciência de que as mulheres ao longo dos anos têm conquistado cada vez mais espaço na sociedade brasileira. No passado não tão remoto não havia "arquitetas", "engenheiras", "advogadas" ou "médicas" atuando no país. O Brasil mudou radicalmente porque hoje em dia temos "senadoras", "deputadas", "vereadoras", "prefeitas", e uma "presidente", ou "presidenta"."
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