segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sorriso Esquecido

Dia a dia cai um pouco minha vida.
A cada copo, a cada trago.
A restidão humana que ainda existe em mim
Esvai-se na fumaça
De um dos últimos cigarros.

O gole quente do whiskey barato
Comprado no boteco mais distante,
Mais perto da morte que da vida.

Me transformo em ser morrente,
Sem vontade de ficar,
Com o receio de ir.

Pois tudo o que sou,
Aqui está.
E sozinho, nada serei.
Pois a única coisa que realmente sei
É amar o que nunca será meu.

2 comentários:

  1. Ummm!!!! Julinha, você conseguiu se superar-se a si mesma kkkkkkkkk Muito lindo esse poema, tocante e muito inteligente também. Parabéns. Bjs.

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  2. Professora Tânia, muito obrigada. Suas palavras sempre inspiradoras, seu carinho e motivação são suficientes para eu querer seguir nessa caminhada. É uma honra tê-la como mentora. E a você dedico um brilhante futuro meu (sem modéstias) na literatura ou na linguística.

    Com carinho,

    Júlia Marreto Silva

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