quinta-feira, 11 de agosto de 2011

POEMAR AMAR

Eu poemo
Tu poemas
Ela poema
Ele poema
Nós poemamos
Vós poemais
Elas poemam
Eles poemam
Vocês poemam
A gente poema
Pois é, este é o paradigma
A língua é cheia de padrões
Mas a vida desmonta os paradigmas
Desregra a língua
E a língua desregra a vida
Entre conjugações e declinações
Com juga-se o ato no verbo
E o verbo no ato
Declina-se o desejo
Obedecem-se às regras
Aplicam-se as concordâncias
As canônicas e as variáveis
Entre normas e padrões: o sentido
Seria tão simples dizer apenas
Que poemar põe [ocê / todo mundo] a amar
Sem explicar as crases, elisões e aglutinações
Poemar amar põe mar amor no mar de amor

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