segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Apokalipsus na frente da Igreja Santa Bárbara

Árvore, me dê tua imagem.

E permita transportá-la

Ao mais alto lugar

(deste local do qual

Não consigo nem ouso

Descrever na tentativa

De encaixar a copa

Ao caule,

Da escada... a cidade.

Do rio de indefinido

Um som. Um rumor!)


O indefinido é iminentemente

Um quê que quer ser

Coisa. A indefinição do

Que é rua e do que é poço

Contêm-se no meu desgosto.


O definido é indefinível.

O que não se contêm

Não é nem pode ser coisa.


A escada e a cidade.

Um sino e outro rumor.

O vento sopra em meus

Ouvidos curando dos

Estilhaçados vidros

Do momento audível

E ao mesmo tempo sensível.


A vista se faz turva...

E o que tento ver não

É bem o que enxergo.


O que se define não é

Senão proveniente do

Que se sente, do que se

Imagina.

A realidade se estrutura

Imaginativamente... Me surpreende.


Cidade de Goiás. 20/06/2011


Lucas Gonçaves Brito

2 comentários:

  1. Muito bem, Lucas, gostei de ver, menino, vamos em frente... continue.

    Amei os versos, são inteligentes, criativos e muito sensíveis, emocionantes. Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Obrigado Tânia, eu realmente me sinto feliz que tenha gostado.. Beijos

    ResponderExcluir

Este blog foi criado para promover o debate e a prática da escrita principalmente entre estudantes de graduação. Todo e qualquer comentário é muito bem vindo, desde que seja respeitoso e que contribua para o crescimento intelectual e social de tod@s. Portanto, não serão tolerados desrespeitos nem agressividades.